domingo, 9 de outubro de 2011

Por que a televisão me deixou muito burro demais!..

Não só a televisão, mas outros meios de comunicação e tecnologias nos deixam cada dia mais burros. No período pré-homérico existia uma deusa chamada Mnemosine, deusa da memória. Naquela época os homens guardavam toda informação na memória, o conhecimento, a tradição era passada oralmente, assim como todos os hinos, nomes, lugares, palavras, lendas, não existia uma fonte para procurar a informação a não ser a própria memória. Com Homero há uma mudança significativa no modo de transmissão da cultura no Ocidente, que começa a ser escrita, houve a necessidade de registrar toda cultura, antes transmitida oralmente. Assim se constitui a literatura.
Aos poucos a ‘Memória’ foi sendo esquecida, menos cultivada, visto que tínhamos tudo o que precisávamos lembrar escrito, caso esquecêssemos poderíamos procurar em livros, manuscritos etc tais informações. Ainda na Grécia Antiga, lendo os diálogos de Platão vemos a capacidade de recordação dos antigos, sua inúmeras fontes, comentários a cerca de outros pensadores, tudo sem uma fonte de consulta que não a própria memória.
Pouco a pouco tudo o que era pensado, dito, dialogado, debatido, passou a ser escrito, registrado. Entretanto a cultura na época medical e Renascimento sempre esteve ligada a aristocracia e a Igreja, desta forma somente uma pequena da parcela tinha acesso a tais conteúdos, a população, que mal sabia ler e escrever (se soubesse) não tinha acesso a nenhum tipo de livro, documento etc, a única forma que conhecimento que tinham era por meio da oralidade, a ‘Memória’ havia sofrido seu primeiro ataque, mas ainda estava forte, presente.
Com o surgimento da Imprensa no século XV a população começou a ter acesso as notícias, aos livros etc. Do séc XV até os dias de hoje houve uma série de inventos que simplificaram o trabalho dos seres humanos, aumentou-se o acesso a informação, diminui-se o trabalho etc, como a energia elétrica, carros, armas, satélites, informática, rádio, televisão, internet. Hoje temos o mundo com um acesso, um clique. Não precisamos mais pensar na informação, apenas em onde encontrá-la..

A importância de reconhecer o Tempo Certo

Antes de qualquer coisa não quero que haja dúvidas quanto a que me refiro quando digo “tempo certo”, não há nenhuma conotação romântica, tempo certo não tem nada a ver com destino, não está ligado à frases do tipo “se as coisas não estão bem, é porque não terminou” indicando que há um momento em que a felicidade o aguarda, um destino que está reservado e que vai chegar. Nada disso! Não falo em sorte nem em destino, falo apenas em inteligência, sagacidade, agudeza de espírito.
Na vida desde que nascemos de alguma forma, ativa ou passiva, estamos agindo e em tudo há um momento ideal para algo, há o momento certo quando se prepara uma refeição para que ela não fique crua ou queimada, assim como há o tempo certo numa composição musical para entrar e sair instrumentos para não ficar descompassado, assim como há o tempo certo em que você deve fazer algo, algumas delas por imposições político sociais, como a faculdade só é cursada após a conclusão do ensino médio, é uma sucessão, uma sequência para se conseguir algo.
Da mesma forma falo deste tempo que não vemos, e muitas vezes não nos damos conta dele, até o utilizamos, muitas vezes sem saber. Claro que, quanto mais praticarmos mais aperfeiçoamos este instinto e as chances de sucesso em qualquer empreitada aumenta. Por exemplo, quando você está interessado numa menina tem o tempo e o local e o modo certo para se chegar nessa pessoa, o que depende do que você planeja, do perfil das pessoas envolvidas, do lugar dentre outros, há a hora para a aproximação, a hora para conversa, a hora em que você dá um passo adiante, tem que reconhecer em cada situação quando é este momento de ir adiante e de qual forma, não há uma regra, tudo dependerá das circunstâncias, mas se bem analisado e não houver medo de seguir em frente, de agir, medo de uma possível resposta negativa, e isso não só em relação amorosas, mas profissionais, acadêmicas etc.
A primeira característica que uma pessoa deve possuir é coragem, não ter medo de seguir em frente, não ter medo de errar, saber articular e usar bem as palavras, o vocabulário, o modo, a altura, a fala como um todo indicam várias coisas, assim como os gestos, seu corpo deve corresponder àquilo que sua boca diz.
Na vida sempre queremos algo mais, ir além, adiante, raras são as pessoas que se contentam com o que possuem e não desejam nada, sendo assim, há em cada situação, independente do assunto o melhor momento para a ação, informalmente algumas pessoas dizem “está é minha deixa; deu brecha; é agora”, é neste momento que deve-se agir e da mesma forma quando há um diálogo nunca hesite em falar algo, em perguntar algo, o que você se repreende de perguntar, pode ser exatamente o que a outra pessoa espera ou o que você precisa para conseguir algo, até porque toda relação é baseada em troca, em interesse, não há relação desinteressada, de nenhum tipo. Basta saber se é relevante e se está ligado ao assunto e falar. Muitas vezes nos reprimimos de falar algo e a outra pessoa, talvez de tanto esperar que você o dissesse acaba comentando ou tocando em assunto muito próximos para que culmine nisso.
Isto é compreender a necessidade do “cliente”, entender seus desejos e necessidades e se fazer interessante, tudo é permeado por marketing, claro que não elaboramos um plano de negócios ou um marketing mix para xavecar alguém, mas indiretamente estamos utilizando estas ferramentas aplicadas à sua pessoa para fazer com que a pessoa ache que você é aquilo que ela procura/espera/precisa etc.
É fundamental utilizar estas ferramentas o mais rápido que puder, não no ato, mas quanto mais novo as pessoas reconhecerem estas características próprias e as desenvolverem e tiverem o feeling para saber qual é a hora de agir, melhor elas estarão, quando você tem medo, quando você perde a hora de agir, de falar ou fazer algo, você nunca mais o fará, raras são as vezes em que perdida uma oportunidade certa haverá outras que surgirão da mesma forma, assim se você está investigando numa garota, não adiantar declarar seu amor, e ficar sempre no “chove não molha”, é preciso também atitude, ir adiante, parar de apenas conversar e ou passar a conversar num nível seguinte.
Assim também é no emprego, não precisa ter pressa para crescer na empresa, ser promovido, receber aumento de salário, bônus etc, antes de mais nada é necessário reconhecer onde você está, quem são as pessoas que você trabalha, qual o negócio da empresa, o que é interessante pra ela, quando você conhecer razoavelmente bem estes pontos, daí sim pode-se querer algo, pode-se querer dar idéias criativas e inovadoras, trazer algo que acrescente a empresa, muitos casos são aqueles dos quais alguém está tão interessante em crescer profissionalmente que atropela tudo, sempre vem om ideias infundadas, incompletas, que não trariam nenhum beneficio ao negócio, falar demais não quer dizer que esteja no caminho certo, o importante é a assertividade, o tempo certo e a coisa certa. Lembra do que falei agora pouco, que cada situação é diferente, que varia de acordo com a pessoa (ou empresa), lugar, tudo o que está envolvido, peculiaridades etc.
Se você não sabe qual é este tempo certo e não fazer do modo correto, seu tempo passará, sua vida continuará independente do que você ou não, do que ganhou ou perdeu, se estes momentos correrem de você no futuro ainda haverá oportunidades, e elas existirão até que você mora, porém quanto mais tarde fica, mais complicado e menor são as taxas para o sucesso. Para cada situação só há um caminho certo, há vários caminhos alternativos que resultam positivamente, mas não tão eficientemente e todos os outros (e são muitos) para o fracasso.
Fica a dica: tenha coragem de falar ou fazer as coisas quando necessário, não tenha medo de represálias ou de erros, a vida é feita de acertos e erros, quem tem medo de errar, não aprende o que é ineficaz e pode se prejudicar no futuro, quando não saberá o que deve fazer. Analisa, todas as situações em seus mínimos detalhes, tudo o que esteja envolvido e tudo o que você pode fazer, faça vários planos e para obter o sucesso é necessário agir, tendo em mente as possibilidades e ter o raciocínio rápido, temos milhares de imprevistos ao longos da vida, e se você não souber lhe dar com isto, com adversidades, com momentos e situações difíceis e frágeis, o sucesso certamente estará longe. Não deixe nada para depois a não ser que a situação indique ser mais eficaz e seja eficiente em todas as suas ações, vá além do que lhe pedem ou esperam, ultrapasse todas as expectativas, dê sempre mais do que pedem, assim você sempre reconhecido com certo diferencial.

História, Religião, Cultura, Guerra e Paz.

Para que serve o conhecimento? – isto é, para que serve nossa racionalidade? Por que ainda hoje, pomos em risco nossa vidas, a vida de muitos, a vida de todos, produzindo a guerra? Por que o animal racional é irresponsável para com sua própria existência e intolerante para com seu semelhante, se a razão (e não a loucura) nos aconselha caminhos de diplomacia e de compreensão mútua, e deveria servir de fundamentos para nossas relações?
Antigamente tínhamos cada país separado e organizado dentro do seu território com sua cultura própria, seu governo e todas as suas idiossincrasias. Com o passar dos anos muitos impérios expandiram-se e criaram guerras com outros reinos e comunidades para possuírem escravos para novas guerras, para aumentar seu poder, sua riqueza, sua influência no Mundo etc. Foi assim com os mongóis, com os gregos, com os persas e principalmente com os romanos. Nenhum país dominou tantos povos diferentes e por tão longo tempo como o Império Romano, muitos imperadores, reis, tiranos, governadores que estiveram à frente de Roma durante seus 1000 anos de glória conquistaram países diferentes de formas diferentes, muitas vezes dominando esses povos e oprimindo suas culturas, impondo o modo romano de pensar, ensinando o latim, sua religião etc. Poucos imperadores como Alexandre, o Grande e Marco Aurélio conquistaram povos, mas permitiam sua cultura, seus hábitos, mesclando-as com os costumes romanos, porém submetidos e dominados por Roma.
Ao longo da história vemos o surgimento de vários religiões, seitas, doutrinas, nas diversas localidades do planeta e das mais diversas formas de culto, temos religiões antigas como o Islamismo, o Zoroatrismo, o Budismo, o Hinduismo, o Cristianismo dentre outras e algumas novas como o Cardecismo, várias religiões neopentecostais, o Candomblé etc. As religiões ditam todas as regras que as pessoas devem seguir em suas vidas, seus dogmas são fechados e não há tolerância quanto a costumes diferentes daqueles, em cada religião há uma forma de castigo ou punição para um ato que não seja permitido dentro de sua doutrina, alguns ocorrem em vida, e outros no além, após a morte. Seguidamente da religião e de aspectos históricos, geográficos, políticos etc temos outras formas que divergem entre as nações como hábitos alimentares, instituições e organização política, modo de vida, grau de desenvolvimento tecnológico etc. Cada um destes pequenos detalhes fazem com que cada sociedade, e não necessariamente cada nação tenha uma cultura diferente, temos, como no Brasil, por exemplo, diversas culturas e tradições diferentes, até mesmo opostas dentro do mesmo território, existem vários “Brasís” dentro de um Brasil unificado pelos limites territoriais e governamentais.
Em cada um dos mínimos detalhes surgem divergências entre as comunidades, pois cada qual defende o que lhe pertence como superior ao vizinho ou ao diferente, cada povo quer se mostrar superior e impor de algum modo seus hábitos e sua cultura aos demais, algumas vezes de modo pacifico e na grande maioria através de guerras e sangue.
A partir do fim da segunda guerra mundial temos o mundo separado em dois blocos governamentais, os capitalistas e os socialistas, ao longo dos anos, até 1989 com a ruptura do murro de Berlim e com dissolução da URSS em 1991 o mundo passa a se unificar novamente e poucos são os países que mantêm governos e economias socialistas, muitos deles sucumbem e são feitas uma série de reformas políticas e econômicas e mudam sua política interna e externa, alguns mantêm-se fechados ao mundo, como Cuba e a China, este que no decorrer dos anos foi abrindo sua economia externa e se tornou uma das maiores do mundo, porém internamente ainda permanece um regime socialista opressor aos cidadãos.
Cada povo tem sua história, escrita com muitas guerras e sangue, e o caminho traçado por cada um fez surgir alguns traços nacionais que correspondem às características dos países, e suas alianças com os demais, alguns ódios reprimidos como Brasil e Argentina ou Inglaterra e França, sentimentos ligados a história, a rivalidade destes países ao longo da história, e por mais que haja paz entre estas nações, cada pessoa tem um sentimento com relação a isso e na maioria das vezes faz o que pode para mostrar-se superior ao “inimigo”.
Assim, temos vários fatores que marcam a história dos países e suas divergências, e cada peculiaridade é um sinal de rivalidade, confronto, de dominação e poder. Com a globalização temos a abertura de quase todos os países para o Mundo, vemos os povos e as culturas misturaram-se como nunca antes vista, talvez a forma que mais se aproximou foi a helenização do mundo antigo dominado pela Roma de Alexandre e Marco Aurélio. As pessoas podem ir para qualquer lugar do mundo e aprender qualquer cultura, muitas vezes um brasileiro é grande especialista em cultura nórdica, por exemplo, mesmo sem nunca ter ido até aqueles países, ou convivido por um longo tempo lá. O mundo está aberto a qualquer um e aos poucos as culturas e as raças vão se misturando.
Ainda que estamos em meio a uma série de guerras e revoltas internas ou entre nações, aos poucos as individualidades se diluem em meio a imensa possibilidade que temos à frente, não mais somos obrigados a conviver em determinado lugar, cultura, política etc, temos liberdade absoluta para viver no mundo, basta-nos dinheiro e coragem para nos aventurarmos num mundo totalmente desconhecido.
Analisando os rumos históricos e tentando traçar um futuro para os países analisando o passado, vejo em cada um destes aspectos como um sinal de uma pangéia cultural futura, onde o mundo inteiro estará unido, não fisicamente, mas psicologicamente, teremos a possibilidade de excluirmos tudo o que há de negativo, de retrógado e construirmos uma cultura mundial.
Hoje em dia temos um grande número de pessoas, mais do que no passado, de ateus, de descrentes, de céticos, de religiões fundamentadas no homem, como o Satanismo de Lavey. Religiões aos poucos vão mudando algumas crenças, alguns dogmas de acordo com o que temos atualmente, não podemos nos basear em dogmas escritos há milênios ou séculos atrás, os mundo mudou, as pessoas mudaram, nada retornará ao que já foi, para o bem ou para o mal o mundo é sofre constantemente de mudança e evolução. E o primeiro passo para a paz mundial é a dissolução de todas as religiões, numa época onde não existirá mais dogmas, mais religiões, onde todos serão livres e sua conduta basear-se apenas numa justiça ética e racional todos serão iguais uns aos outros, do ponto de vista ético-moral, e um não quererá (até por não ter como) sobrepor-se ao outro pelas suas crenças.
Aos poucos as raças se igualarão, mesmo que todas as pessoas não sejam necessariamente iguais, em algumas décadas ou séculos estaremos todos tão parecidos que não haverá motivos para o ódio por outras raças. E da mesma forma um dia teremos um modelo governamental, que ao longo dos anos se mostrará mais útil a todos, seja ele democrata, tirano, parlamentar, enfim, qualquer que seja, será o único a ser adotado entre as nações.
A música um dia chegará ao fim de suas possibilidades, um dia todas as combinações musicais já terão sido formadas, não haverá possibilidade de novas construções e a educação musical será reformulada, teremos a união de várias tendências e apenas alguns poucos estilos sobreviverão. A música retornará a ter um caráter ritualístico, e musicas como o funk, por exemplo (dentre outros estilos), de exaltação sexual desmedida e o desprezo pela mulher não existirão mais, músicas regionais também sumirão, pois não haverá sazonalidades, todos serão integrantes de uma nação global. Nas primeiras décadas desta mudança ainda haverá aqueles que ouvirão estes estilos secundários, porém em algumas décadas, tudo estará unificado, é o processo natural de evolução, o obsoleto ficará na história. Da mesma forma ocorrerá com a literatura e o cinema não haverá mais histórias de cowboys do faroeste americano ou dos índios tupi-guarani do Brasil ou dos aborígenes australianos, as pessoas não se reconhecerão mais nestes estereótipos, tudo deverá ser global para ser compreendido e aceito.
No dia em que não existir mais diversas religiões, culturas, raças e estilos o mundo estará completamente unificado social, econômico e político. Neste dia teremos ainda dois possíveis caminhos: ou uns lutarão contra os outros por riquezas e poder ou todos poderão construir um caminho para o além de si, talvez neste estágio o homem e a terra estarão preparados para o além-do-homem, para ir além das peculiaridades do hoje e formar um reino de humanos-hiperbóreos. Hoje vemos o primeiro passo para esta mudança com a globalização, o acesso a qualquer cultura e povo, e contato fácil com qualquer pessoa ao redor do mundo, facilitado pelas redes sociais e grandes sites mundiais como o Wikipédia, a primeira forma de união por um mundo melhor em escala global, onde todos colaboram com o conhecimento, que hoje, está ao alcance de todos. Vivemos na época da colaboração e para podermos construir um mundo pacífico e unido será através da colaboração de todos, não só na disseminação da cultura, mas na sua aplicação, na ajuda individual que cada um tem por obrigação de não só receber ou passar tal conhecimento, mas colaborar com o surgimento de grandes idéias e de coisas que beneficiem a todos, quanto a consciência do eu passar para a consciência coletiva, todos ajudarão a construir as pontes que levarão o homem ao além-do-homem e assim vivermos como hiperbóreos, longe das guerras, do mal, da cobiça e do ódio.
[Texto escrito em Itanhaem, em 23/4/2011, entre 13:03 e 14:03]