domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo...

31 de dezembro, último dia do ano para quase todo mundo, bom, para todos os países que seguem o calendário cristão hoje é o último dia, amanhã um novo dia, um novo ano, uma nova esperança, um novo sonho, uma nova vida...
Época em que avaliamos nosso ano, colocamos tudo na balança, vemos o que resultou positivamente e o que não deu certo, o que conquistamos e o que perdemos, e iniciamos novos planos para o novo ano que se segue.
O tempo se olhado no calendário parece fechado, com começo, meio e fim e depois de 365 dias se renova, o calendário nos dá esta ilusão proveitosa, o tempo não acaba, ele continua eternamente, o calendário é uma forma de prender o tempo, querer segurá-lo no presente, mesmo que esteja num passado distante. E tentamos prendê-lo o tempo todo, com fotos, registros, guardando documentos, papéis etc.
O tempo passa o tempo todo, todo tempo passado faz parte de nossa história e nada pode mudá-lo, a vida toda é feita de impressões que nunca são esquecidas, nunca podem ser alteradas, nosso passado está enterrado sob a pedra da vida, uma pedra imensa, um fardo pesado, porém invisível. Quando não temos ciência de que tudo o que fazemos volta-se contra nós no tempo, no futuro, perdemos vida. O Destino é implacável, não tem dó, não perdoa nada, nada passa despercebido, nada se esquece, nada se muda, tudo permanecerá eternamente qual foi, exatamente em cada milésimo de segundo, cada sensação, cada riso e cada dor. Ao Destino e ao Tempo não engana-se.
Passamos a vida, porém, contando com a Sorte, que escolhe a dedo a felicidade ou o infortúnio, mas à Sorte podemos escapar; quando navegamos sem conhecer o mar, as ondas, e as correntezas, ficamos a mercê do seu agrado. Nossa vida não é diferente, quando não fazemos nada de nossas vidas, ficamos a mercê da vida, do Destino e do Tempo, até que um dia nosso tempo acabe e nossas vidas serão tão inúteis que passarão despercebidas por todos. Temos que tomar as rédeas de nossas vidas e viver tendo em mente que a vida tal qual nós a estamos vivendo, se a tivéssemos que vivê-la eternamente, em cada segundo, cada dor, cada riso, cada esperança e cada conquista, se nada fosse alterado, se nada, por mais insignificante que seja pudesse ser alterado o mínimo possível, como veríamos nossa vida? Nos orgulharíamos de nós mesmos ou nos amaldiçoaríamos? Assistiríamos o filme da nossa vida como o filme de um herói ou como uma tragédia? Ou pior, uma comédia?
Cada dia construir algo para além de nós, conhecer, crescer, acrescentar, fortalecer, ir além... Estes devem ser nossos ideais norteadores. A certeza que não desperdiçamos o tempo, não passar mais tempo buscando coisas perdidas, olhar sempre afrente, não fugir ao Tempo nem ao Destino, amaldiçoar nossa Sorte, pois esta é uma desculpa dos fracos, dos que não tem força nem coragem, muito menos sinceridade em assumir nada. Deixar sua vida ser guiada por qualquer vento que soprar mais forte é estar perdido dentro da própria vida, se lançar ao mar com uma canoa sem remo.

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